O Que Fazer Quando se está com o Coração Partido?

Primeiro, leia-se que coração partido é um estado de espírito em que o indivíduo se sente triste, esse sentimento vem única e exclusivamente por causa de um outro alguém, ou melhor, a falta desse alguém.

Que atire a primeira pedra quem nunca sofreu por amor. E vou mais além. Quem nessa “sofrência” toda, nunca se arrependeu por alguma palavra vomitada ou alguma atitude intempestiva?


É de praxe ter esse tipo de atitude quando estamos com medo, e no caso aqui, o medo de perder vai vir. Perder o seu amor, aquele que você doou o seu tempo, seus sonhos e deu o seu melhor.


Já dizia o ditado, a melhor defesa é o ataque.


E seguimos atacando. Não queira nunca ouvir e muito menos falar algo como: “se você me deixar eu não sei do que sou capaz!”, “se não me ligar hoje, nunca mais vou falar com você”, “se você não deletar ela/ele  do Facebook você vai me perder pra sempre”. Por favor, não façam isso, é feio! Coisa de gente pobre de espírito. Não se torne um chantagista emocional. Posso afirmar com veemência que essa pressão não vai levar a nada, só aumenta e prolonga o sofrimento de ambos, pois tentar extrair um sim de alguém que não esta querendo, é quase a mesma coisa que um assalto.


A grande verdade é que os sentimentos causados pela ruptura de um relacionamento são de-vas-ta-do-res. Especialistas no assunto comparam essa ruptura ao sentimento da perda de um ente querido potencializado ao grau máximo. Vêm juntos os sentimentos nada agradáveis de rejeição, abandono e frustração.


É exatamente nesse momento do auge da fragilidade, orgulho ferido, desespero, raiva e mágoa que temos atitudes impulsivas. Pensa comigo: tem como isso dar certo? Eu penso que não! Lá na frente você irá se arrepender, certeza!


Quem foi deixado passa geralmente por 5 etapas: indignação, raiva, tristeza, culpa e, por fim, aceitação.


Seria tão mais fácil se pudéssemos pular todos essas etapas e fossemos direto para a aceitação, não é mesmo? Palmas aos que conseguem, são pessoas realmente evoluídas e maduras emocionalmente. Eu mesma não consegui.


Veja bem, não estou falando aqui de um término de relacionamento com traição, grandes conflitos ou vestígios de mau caratismo. Estou falando de um término “standard”, aquele que acaba pelo simples fato de o outro não querer mais. Simples assim.


Em qualquer termino nesse feitio, não existem mocinhos nem vilões, ninguém é culpado, cabe ao que não quer mais o relacionamento ser honesto e humano e, ao que foi deixado, aceitar…


Quer uma dica? Aceite! Se você aceitar o seu sofrimento e respeitar a decisão do outro, ainda que seja uma decisão extremamente dolorosa, não irá passar por todos esses outros momentos e chegará muito mais rápido na fase de recuperação. As pessoas acham que só o amar dá o direito de lutar para diminuir o seu próprio sofrimento, mas isso não é amor –é egoísmo. É preciso respeitar a decisão do outro. Não estou falando que não se deva lutar pelo amor, mas é necessário bom senso, pois, na maioria das vezes, vejo as pessoas enfiando os pés pelas mãos. O quanto antes você chegar no sentimento de aceitação, melhor para você. Não importa como, você pode fazer uma viagem, procurar ajuda profissional, se afundar no trabalho, na academia. Não interessa, cada um tem a sua válvula de escape, descubra a sua e mãos à obra.


A noticia boa é que dor de amor passa e, depois que ela passa, saímos fortalecidos, evoluídos e com condições de vivenciar com mais ousadia e coragem novas e mais ricas experiências afetivas.


E, como já dizia um grande amigo, assim vamos vivendo, até que os deuses se apiedem de nós e parem de nos sacanear.

 

Texto publicado em: www.saladeideias.com.br/sala_de_estar/o-que-fazer-quando-se-esta-com-o-coracao-partido-por-patricia-pires

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